segunda-feira, 7 de julho de 2014

O samba perfeito - Bip Bip

Vir ao Brasil e não ir a um samba é como ir a Paris e não ver a Torre Eiffel. Já imaginou ir a Londres e não passar pela London Eye? Ou ver o Big Ben? Então. É isso.

O problema é que estes ícones do turismo são tangíveis, feitos de ferro, concreto, cimento. O samba não. E aí entra a dificuldade pois você pode ir num samba maravilhoso ou num negócio mais ou menos. Há também o risco de ir num local que geralmente é excelente, mas naquele dia em específico, os músicos não estavam muito inspirados (Mas esse é um fator que não tenho como controlar. Ninguém tem.)

Para maximizar suas chances, fiz uma lista dos sambas que gosto mais na cidade e que, via de regra, são sensacionais. Vou falar basicamente das rodas de samba e não dos samba de quadra. Esses ficam para um outro post.

Começaremos hoje pelo famoso Bip Bip. Nos posts seguintes falarei de outros selecionados.

O bar do Alfredinho é um dos ícones da música no Rio de Janeiro. No coração de Copacabana, este minúsculo bar tem a música como estrela principal. O dia mais concorrido é o domingo, com uma roda de samba concorridíssima. Mas há outros dias dedicados ao chorinho (segundas e terças-feiras), a bossa nova (quartas-feiras) e ao próprio samba (quinta e sexta-feiras, além do domingo).

Roda de choro
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=679098392111913&set=pb.194472103907880.-2207520000.1404781274.&type=3&theater


Como diz a placa logo na frente do bar, o Bip Bip, foi fundado em 1968 e é um bar "a serviço do porre e da amizade". E da música, claro. O minúsculo espaço é capaz de abrigar as mesas para os músicos e meia duzia de pessoas de pé, além de duas geladeiras onde cada um pega sua cerveja e avisa ao Alfredinho o que está consumindo. Paga tudo no final.

Alfredinho no Bip Bip
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=557266130961807&set=pb.194472103907880.-2207520000.1404780909.&type=3&theater

E lá não é lugar de muita conversa. Há que se ter respeito pela música e pelos músicos. Se o falatório começa a aumentar de volume lá vem o Alfredinho e dá aquela bronca pedindo para quem não quer ouvir a música, que vá para o bar ao lado.

É um local simples, onde você provavelmente vai ficar de pé do lado de fora e vai ouvir o que há de melhor na música popular brasileira. Eu sempre aprendo muito por lá e acabo conhecendo músicas divinas que nunca tinha ouvido antes. Como disse antes, há dias divinos e há dias não tão bons. Depende do mix de músicos presentes e da "energia" do dia.

Visão do Bip Bip, com Alfredinho a postos.
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=551868154834938&set=pb.194472103907880.-2207520000.1404780918.&type=3&theater

Ah! O bar não cobra couvert artístico ou nada do gênero. Os músico tocam por lá sem ganhar nada e ainda pagam pela cerveja que consomem. Um arranjo inusitado que confirma que o bar realmente está a serviço da amizade e do porre. Divirta-se, amigo!

Endereço: Rua Almirante Gonçalves, 50 - Copacabana Rio de Janeiro - RJ, 22060-040 - (0xx)21 2267-9696.

Facebook: https://www.facebook.com/barbipbip?fref=photo


English version:

The perfect samba - Bip Bip

Coming to Brazil and not going to a samba is the same as going to Paris and not seeing the Eiffel Tower. Have you ever imagined going to London and not pass by the London Eye? Or seeing the Big Ben? That's the point.

The problem is that these icons of tourism are tangible, made ​​of iron, concrete, cement. Samba is not. And then comes the difficulty because you can go to a wonderful samba or to some place that won't represent entirely this type of music. There is also the risk of going into a place that is generally excellent, but that day in particular, the musicians were not very inspired (But this is a factor that I can not control. Nobody can.)

To maximize your chances, I made ​​a list of "rodas de samba" I like the most in Rio and that, as a rule, are sensational. I will talk about the "rodas de samba" and not the "escolas de samba". 
We begin today by famous Bip Bip.

The bar is owned by Alfredinho and is a music icon in Rio de Janeiro. In the heart of Copacabana, this tiny bar has music as its main star. The busiest day is Sunday, but there are other days dedicated to chorinho (Mondays and Tuesdays), bossa nova (Wednesdays) and the samba itself (Thursday and Friday, besides Sunday).

As the sign says right in front of the bar, Bip Bip, was founded in 1968 and is purpose is to "serve the drunk and friendship." And the music, of course. The tiny space is able to accommodate tables for musicians and half a dozen people standing, and two refrigerators where each one takes his own beer and tells the Alfredinho what is consuming. You pay for everything at the end.

And there is no place for much conversation. We must have respect for the music and the musicians. If the talk begins to increase in volume there comes the Alfredinho and asks for those who do not want to hear the music, you go to the bar next door.

It's a simple place, where you'll probably stand outside and hear what is best in Brazilian popular music. I always learn a lot there and I end up getting to know things I had never heard before. As I said before, there are divine days and not so good ones. It depends on the mix of musicians and the "energy" of the day.

The bar charges nothing for the music. The musicians play there for nothing and still pay for the beer they consume. An unusual arrangement that confirms that the bar actually serves the friendship and drunk. 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Começando a brincadeira

Sou carioca. Sim, nasci no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo e fui criada na Tijuca. Já morei na Barra da Tijuca, no Méier e, há 5 anos moro em Copacabana, um dos bairros mais conhecidos, fotografados e desejados do mundo (exagero? acho que não...).

Cristo Redentor e Pão-de-Açúcar


Depois de ouvir de alguns amigos que eu sou uma das pessoas que eles conhecem que mais "vive"a cidade, que aproveita um pouco de tudo de suas qualidades e características, comecei a pensar que isso, de fato, também não seria um exagero de afirmação.

Por do sol em Ipanema


Juntou-se a isso o momento que vivemos hoje. Estamos no meio da Copa do Mundo de 2014, o Brasil está sendo invadido por milhares de pessoas de todos os cantos do mundo. Fiquei pensando: porque não ajudar a todas essas pessoas a descobrir o que fazer no Rio de Janeiro? Fazer coisas que não estão nos guias básicos de turismo - talvez nem nos avançados. Ajudar a esses turistas a desvendar sem medo os recantos desta cidade deliciosa, fazendo coisas que só os locais costumam fazer, se infiltrar na nossa cultura e se tornarem verdadeiros cariocas.

Maracanã


The way cariocas do (TWCD) acaba de nascer assim. Querendo compartilhar as experiencias da vida do carioca para quem está aqui de passagem, para quem está aqui pela primeira vez ou pela décima, para quem está com a passagem marcada, sei lá. Se você está por aí vagando pela internet, procurando o que fazer, planejando sua viagem ao Rio de Janeiro, espero que aqui seja um espaço que vá te ajudar.

Seja bem-vindo ao Rio de Janeiro!


English version:

I'm Carioca. Yes, I was born in Rio de Janeiro, in Botafogo and raised in Tijuca (all of them names of neighborhoods). I've lived in Barra da Tijuca, in Meier and for the last 5 years I've lived in Copacabana, one of the most known, photographed and desired neighborhoods in the world (is it a little bit too much to say? Do not think so ...).
After hearing from some friends that I'm one of the people they know that most "live" the city that takes a bit of all of its qualities and characteristics, I started thinking that, in fact, that it would be no over statement. 
Add to it the fact that we are today in the middle of the 2014 World Cup, Brazil is being invaded by thousands of people from all corners of the world. I was thinking, why not help all these people figure out what to do in Rio de Janeiro? Do things that are not in the basic tour guides - perhaps not  even in advanced guides. Help to unravel this delightful city, doing things that only the locals often do, seep into our culture and become true Cariocas. 
The Way Cariocas Do (TWCD) was born that way. Wanting to share my experiences of life in Rio for those who are here for the first time or the tenth, who is scheduled to come, whatever. If you're wandering around the internet, looking for what to do, planning your trip to Rio de Janeiro, hopefully here is a space that'll help you. 

Welcome to Rio de Janeiro!